
Ramires, Robinho, Kaká e Luis Fabiano comemoram o terceiro gol da seleção Brasileira
O time de Dunga precisou de apenas 45 minutos para liquidar a
partida. Luís Fabiano, duas vezes, e Dossena, contra, marcaram
os gols, ainda no primeiro tempo. Ramires, Maicon e André Santos
foram bem contra os Estados Unidos e acabaram mantidos no time
titular, nos lugares de Elano, Daniel Alves e Kleber. O zagueiro
Juan começou jogando, mas saiu sentindo dores ainda na etapa
inicial para a entrada de Luisão e pode ser problema para a
semifinal.
Com a derrota, a seleção italiana fica com três
pontos, empatada com o Egito e Estados Unidos. Mas os
americanos, que venceram os egípicios, avançam porque fizeram
mais gols na primeira fase. Assim, os Estados Unidos vão
enfrentar a Espanha na semifinal, quarta-feira, em Bloemfontein.
Brasil e Espanha são as únicas seleções com 100% de
aproveitamento nas três primeiras rodadas, mas a Fúria não
sofreu nenhum gol. As duas entram como favoritas para irem à
final do próximo domingo, no Ellis Park.
Contra a Azzurra, a seleção mostrou que não sabe
atacar apenas pelo lado direito. Dois gols nasceram pela
esquerda e o time demonstrou mais equilíbrio entre os lados.
Tanto que Robinho, no segundo tempo, trocou com Ramires e passou
a jogar pela direita, confundindo os italianos.
A etapa inicial foi dominada pelo Brasil, que teve
56% da posse de bola, chutou nove vezes, acertou duas na trave e
marcou três vezes. A Azzurra não sofria três gols no primeiro
tempo desde 1957, em uma partida contra a Iugoslávia. Em
Pretória, a Itália foi a primeira a ir ao ataque. Aos três,
Camoranesi cruzou e Lúcio cortou de carrinho. Um minuto depois,
Pirlo chutou de longe e a zaga colocou para escanteio. A partir
daí, só deu o time de Dunga.
Setor mais famoso da Itália, a defesa colaborou
com o Brasil, que soube aproveitar as falhas dos italianos. Aos
cinco, Cannavaro errou a saída de bola, Luís Fabiano ficou com
ela e tocou para Ramires na área, que acertou a quina do
travessão. Em seguida, foi a vez de Chiellini falhar em um
cruzamento. Robinho dominou e rolou para Kaká bater em cima de
um defensor. A pressão continou. O camisa 11 roubou outra bola
pela direita e deu para o novo craque do Real Madrid, que achou
Luís Fabiano na área. O Fabuloso, marcado por dois, ainda deu um
toquinho na bola, mas Buffon salvou.
A seleção continuou bem, na defesa e no ataque.
Felipe Melo se destacava no meio-campo como ladrão de bolas.
Maicon, que ganhou a vaga de titular após a bela atuação contra
os Estados Unidos, era a principal arma pela direita. Na
esquerda, André Santos acatou a orientação de Dunga e passou a
atacar mais também, com Gilberto Silva recuando para atuar ao
lado de Lúcio e Juan. Boas opções, os laterais foram os
jogadores brasileiros que mais tocaram na bola no primeiro
tempo.
Dunga foi obrigado a mudar o time aos 23. Juan,
atleta que mais reclamou de cansaço desde o início da
concentração em 1o de junho, sentiu dores na coxa esquerda após
um carrinho e foi substituído por Luisão. Três minutos depois, a
Itália teve a principal chance: Camoranesi arriscou de fora da
área e assustou Julio César, pelo alto.
A resposta brasileira foi rápida e perigosa, com Lúcio. Aos 32, o
zagueiro recebeu de Ramires na área e chutou cruzado, a bola
tocou em Cannavaro e foi na trave. Em seguida, o capitão dominou
após escanteio e bateu forte para bela defesa de Buffon.
O gol finalmente saiu aos 37. Um gol não, logo
três em sequência: aos 37, 43 e 45. No primeiro, Maicon arriscou
de longe, a bola foi fraca e ficou nos pés de Luis Fabiano, que
virou sozinho na área e bateu sem chances para o goleiro
italiano. Seis minutos depois, contra-ataque mortal brasileiro
pela esquerda. Robinho arrancou, tocou para Kaká, que tentou
devolver para o ex-santista na área, mas a bola passou direto e
sobrou para o Fabuloso tocar e marcar o segundo: 2 a 0, o
terceiro do atacante na Copa das Confederações, empatando com os
espanhóis Fernando Torres e David Villa no topo da artilharia.
O terceiro gol contou com ajuda italiana. Kaká
lançou Robinho do meio, ele avançou rapidamente pela esquerda e
viu Ramires sozinho na área. O camisa 11 tentou tocar para o
ex-cruzeirense, mas Dossena deu um carrinho e colocou a bola
dentro do próprio gol: 3 a 0 para o Brasil.
O contra-ataque continuou sendo a arma mais
perigosa da seleção no segundo tempo. Com 3 a 0 no placar, a
Itália começou querendo ir para cima do time de Dunga, mas de
forma desordenada. Abriu espaços e viu os brasileiros arrancarem
em velocidade. Principalmente Robinho, que não ficou preso só
pela esquerda. Aos 10, arrancou pela direita e bateu forte, para
fora.
Com medo de ser eliminada, a Azzurra passou a
arriscar mais e Julio César começou a trabalhar. Aos 18, Rossi
chutou de longe e o goleiro fez grande defesa. Dois minutos
depois, Gilardino chutou com perigo, dentro da área, e o camisa
1 defendeu de novo. Mais um minuto, Pepe tabelou com Rossi e
tentou de voleio, para o ex-flamenguista voltar a salvar o
Brasil.
No contra-ataque, o time de Dunga deu a resposta.
Robinho, deslocado para a direita, deu para Kaká no meio, que
chutou de longe e a bola saiu perto da trave de Buffon. A Itália
teve sua melhor chance de descontar aos 30: Julio César saiu da
área para disputar uma bola com Gilardino, perdeu, mas o ataque
italiano demorou a chutar e a zaga brasileiro afastou.