Antes mesmo de a entrevista coletiva oficial da Fifa começar com o goleiro Julio César, o meia Kaká e o técnico Dunga, o representante da entidade avisou aos jornalistas presentes no Free State Stadium, neste domingo, em Bloemfontein, local da estreia da seleção brasileira na Copa das Confederações contra o Egito:

- O assunto aqui é Copa das Confederações e Mundial. Não façam perguntas sobre Real Madrid e Milan - disse.

A restrição não adiantou. Logo na primeira pergunta para Kaká, um jornalista estrangeiro queria saber sobre a transferência do meia para o clube espanhol por cerca de R$ 180 milhões. O representante da Fifa interrompeu e reforçou o pedido mostrando um pouco de irritação. Mas Kaká não o deixou sem resposta.

- Sobre esse assunto eu já falei antes de vir para cá em uma coletiva. Eu já comentei tudo sobre esse assunto. Gostaria neste momento gostaria de falar apenas sobre a Copa das Confederações e a seleção brasileira.

A coletiva continuou. Vieram perguntas sobre a estreia do Brasil na Copa das Confederações, o favoritismo da seleção brasileira. Mas aí o assunto voltou, indiretamente, para o Real Madrid e o futuro. Um jornalista queria saber se Kaká sonhava voltar a ser novamente o melhor jogador do mundo no clube espanhol.

O meia respondeu que sim.

Pouco depois, jornalistas do Egito se enrolaram na ordem das perguntas. Foi o suficiente para Dunga dar um tapa na mesa. O funcionário da Fifa que conduzia a coletiva explicou novamente, agora em cinco linhas, que as perguntas deveriam ser direcionadas apenas para o meia. Foi quando um jornalista pegou o microfone e pediu a Kaká para mandar uma mensagem em italiano para a torcida do Milan. Dunga novamente demonstrou não gostar. Mas Kaká, educado, pediu para responder.

- Sou muito, muito grato ao Milan. Se eu sou um jogador conhecido internacionalmente isso aconteceu devido ao clube. Vou seguir o meu futuro e espero que o Milan continue tendo sucesso com o Leonardo (ex-jogador brasileiro que vai ser o técnico do time na próxima temporada).