O piloto alemão Michael Schumacher, heptacampeão da F-1 e detentor da maioria dos recordes da categoria, resolveu apoiar a Ferrari, escuderia pela qual ganhou cinco títulos e onde atualmente trabalha como consultor, na disputa que opõe as equipes e a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) sobre o regulamento do Mundial-2010.

A FIA pretende implementar um teto orçamentário opcional de 40 milhões de libras (aproximadamente R$ 127 milhões), o que não é aceito por oito das dez atuais escuderias da F-1 --Williams e Force India são as exceções.

Em entrevista ao próprio site da Ferrari, Schumacher pediu alterações menos drásticas na categoria. "Não vivemos uma situação agradável no esporte em que tenho me dedicado por quase toda minha vida. A Ferrari é um nome muito importante neste esporte. Não dá para pensar na F-1 sem a Ferrari ou sem as outras equipes que participam há bastante tempo."

"Acho que eles precisam achar uma solução em acordo com as equipes que levaram a F-1 para o nível onde ela está hoje. Não se pode imaginar que mudanças tão drásticas sejam aceitas por equipes tão importantes. Existe um objetivo de reduzir os custos, mas tem que ser passo a passo, e não de forma radical. É impossível", sentenciou Schumacher.

Acordo

Apesar da preocupação do heptacampeão, FIA e Fota (Associação das Equipes da F-1) já sinalizam um acordo para que as atuais equipes permaneçam na categoria.

Ontem, a entidade presidida por Max Mosley mandou uma carta para as escuderias dizendo que o regulamento poderá ser alterado, mas que, para isso, precisa que elas garantam suas inscrições em 2010.

Hoje, a mesma FIA revelou ter recebido uma resposta da Fota, cujo conteúdo, segundo a entidade, "não é negativo".