Em entrevista ao radialista França Moura, durante o Programa Cidadania na Rádio Jornal, o prefeito de Maceió, Cícero Almeida, afirmou estar impossibilitado de ajudar financeiramente CSA e CRB, devido a não prestação de contas de ex-diretores do Azulão.

Segundo Almeida, ex-diretores do time marujo não fizeram os procedimentos corretos quando receberam uma ajuda financeira doada pela prefeitura de Maceió, através de uma ONG.

“Tenho a maior boa vontade de ajudar ao CSA e o CRB, mas estou prejudicado porque ex-diretores do CSA não prestaram contas dos R$ 120 mil que passei para os dois clubes através de uma empresa. O Cícero Cavalcante e o Raimundo Tavares têm que detectar quem pegou o dinheiro e pra onde foi esse valor”, disparou o prefeito. Almeida ainda pediu para o Governo do Estado "ficar atento" em relação à parceria que está sendo firmada com os clubes.

O atual membro da junta diretiva, Cícero Cavalcante, completou as denúncias afirmando que à época a não prestação de contas dos repasses feitos pela Prefeitura foi do então presidente executivo do clube, Rafael Tenório.

“Quem recebeu este dinheiro doado pela prefeitura foi o Rafael Tenório e tem que apresentar documentos comprovando para onde foi este valor. Nós não podemos ficar prejudicados. No entanto, sei que ele (Tenório) não precisa disso, ele é um homem bem sucedido na vida e não iria ter uma atitude desses, mas terá que informar como foi usado o dinheiro”, afirmou Cavalcante.

Rafael Tenório, que se encontra em Maragogi para receber um prêmio, rebateu as acusações. Tenório tem uma uma desavença com o prefeito desde quando era secretário extraordinário na primeira gestão de Almeida.  

“Primeiro, o valor não foi esse citado pelo prefeito. A Prefeitura disponibilizou para o CSA R$ 80 mil quando eu assumi, e esse dinheiro já era para ter saído em uma gestão anterior a minha, mas a Prefeitura de Maceió tem muita burocracia para resolver os problemas”, rebateu.

Tenório completou dizendo que o conselheiro do CSA, Lumário Rodrigues, foi quem conduziu todo o convênio através de uma ONG. “O dinheiro foi repassado para uma ONG, então eu peguei e passei um cheque meu com o valor para o CSA  para poder adiantar a situação devido à demora da prefeitura. Só de impostos foram descontados cerca de R$ 8 mil, em cima do valor real, ou seja, dos R$ 80 mil. Agora quem poder informar os detalhes do restante do dinheiro é o Lumário Rodrigues, a minha parte eu fiz”, finalizou Rafael Tenório.