O Grêmio não teve boa atuação, mas conseguiu um importante empate por 1 a 1 com o Caracas, nesta quarta-feira, e volta da Venezuela com uma pequena vantagem nas quartas-de-final da Libertadores da América. Num gramado esburacado, as equipes fizeram valer a bola parada para marcarem seus gols, e o resultado mantém a invencibilidade do time gaúcho na competição.
Enquanto o Caracas tinha vencido todas as partidas em casa, o Tricolor tinha 100% de aproveitamento como visitante. No primeiro lance, Cinchero abriu o placar num primeiro tempo sofrível do Grêmio. Mas a reação veio no final, com Fábio Santos, e agora qualquer vitória ou empate sem gols leva o Grêmio às semifinais.
Daqui a três semanas (27/6) os clubes voltam a se encontrar, em Porto Alegre, quando confirmarão quem passa e quem será eliminado.
Quando as equipes entraram em campo a torcida do Caracas, os "demônios vermelhos", acenderam tochas, criando um ambiente peculiar. O Grêmio pareceu sentir o clima amedrontador, e na primeira falta, logo a 1min, Rey cruzou da esquerda e Cichero desviou de cabeça: 1 a 0. O gol desnorteou a equipe, que não conseguia organizar uma jogada de qualidade. Aos 15 Rentería sentiu lesão e precisou ser substituído. Pela demora na troca, Tcheco reclamou e acabou levando cartão amarelo.
Os venezuelanos, mesmo sem muita qualidade ofensiva, marcava forte e controlava a partida com tranquilidade. O Tricolor tentava reagir com investidas pelos flancos, procurando os cruzamentos para Maxi López, mas sem levar perigo. No parte final do primeiro tempo os anfitriões, sempre na bola parada, ainda tiveram boas chances para ampliar, mas o resultado não mudou e foi justo.
No intervalo, os brasileiros apontavam a irregularidade do gramado para justificar a atuação muito abaixo do normal. "Em momento algum jogamos, não envolvemos a equipe deles. Todo mundo está falando do campo, que é horrível", reclamou o meia Souza, que ao lado de Tcheco, raras vezes conseguiu articular algum lance de ataque.
Na etapa complementar o Grêmio tentou começar pressionando, mas ao natural o time venezuelano retomou o domínio do confronto. Parecendo satisfeito com a vantagem, os donos da casa se descuidavam na defesa, dando chance do empate. Mas quem chegava com mais eficiência era o Caracas, que aos 22 teve a bola do jogo. Após cobrança de fala mal afastada, Prieto ficou livre de frente para o gol, mas não teve frieza e acabou chutando sobre o gol.
Souza quase igualou o marcados numa cobrança de falta que bateu no poste. O lance acordou o time, que logo depois foi às redes. Aos 29 Tcheco, em outra bola parada, levantou no segundo pau e Fábio Santos apareceu livre para cabecear: 1 a 1. Enquanto os jogadores comemoravam, o sistema de drenagem do gramado foi ligado, impedindo o reinício da partida.
CARACAS 1 x 1 GRÊMIO
Caracas
Renny Vega; Romero, Rey, Barone e Gabriel Cichero; Luís Vera, Piñango, Gomez (Escobar) e Darío Figueroa (Guerra); Castellín e Rentería (Prieto)
Técnico: Noel Sanvicente
Grêmio
Victor; Léo, Réver e Rafael Marques; Ruy, Adílson, Tcheco, Souza (Túlio) e Fábio Santos; Jonas (Alex Mineiro) e Maxi López
Técnico: Paulo Autuori
Data: 27/5/2009 (quarta-feira)
Local: Estadio Olímpico, em Caracas-VEN
Árbitro Roberto Silveira (URU)
Auxiliares: Miguel Nievas (URU) e Marcelo Gadea (URU)
Cartões amarelos: Tcheco, Ruy, Léo (Grêmio); Figueroa, Castellín (Caracas)
Gols: Cichero, a 1min do primeiro tempo. Fábio Santos, aos 29min do segundo tempo.