O jogador Calmon foi um dos destaques do alagoano sendo o artilheiro da competição, mas isto não foi o suficiente para ele ser mantido no CRB. Uma briga com o atual técnico Arnaldo Lira pos fim em sua passagem no Galo.

O atleta procurou a equipe do site Futebol Alagoano.com, que a partir desta semana fará parte do portal Cadaminuto, para explicar os motivos de sua saída do clube e iniciou a entrevista explicando o que viu no clube desde o retorno da viagem que realizou para Uberaba na ultima terça feira (12).

"Os jogadores já estavam insatisfeitos. Os diretores do clube sempre me colocaram na condição de líder do grupo, tanto é, que fui procurado pelo Miguel Morais (Vice Administrativo), para explicar a insatisfação dos jogadores com as atitudes do Lira", afirmou.

Segundo Calmon, os jogadores do CRB que disputaram o Campeonato Alagoano estavam sendo desrespeitados pelo treinador.

"Nem bom dia ele diz para os atletas. Eu apenas disse que alguma atitude tinha que ser tomada por parte da direção, para mudar a postura dele com os jogadores do clube. No futebol eu só tinha um desafeto que era o Celso (Celso Teixeira treinador atualmente no Coruripe), agora posso dizer que tenho outro ", declarou Calmon.

O atacante disse que tomou a decisão de defender o grupo. Na quinta feira recebeu um comunicado para comparecer à sala da comissão técnica para uma reunião com o treinador Arnaldo Lira.

"Estava conversando com o Tony (lateral) e mandaram me chamar. Quando cheguei à sala da comissão técnica o Lira me disse que não precisava de líder nenhum no grupo, que o time do CRB era ruim e que não tinha conquistado nada", declarou.

Calmon afirmou que no momento de fúria do treinador, o assistente técnico Joãozinho Paulista e o preparador físico Hamilton Tavares estavam na sala os dois testemunharam as declarações de Lira, dirigindo críticas aos antigos treinadores e palavras de baixo nível.

"Pela atitude que ele tomou, acabei achando que não tinha mais clima para permanecer no clube, então, acabei pedindo para ir embora e quero deixar claro, que em nenhum momento procurei o Lira para cobrar minha vaga de titular no time ou para criticar a forma de trabalho dele, apenas não concordo com a falta de respeito que ele me tratou e os outros profissionais que passaram no clube", declarou.

O jogador disse que o treinador mentiu, tentou mudar o rumo das coisas e que não quer ter mais nenhum tipo de aproximação com Arnaldo Lira. Calmon ainda confirma que o grupo regatiano está rachado existindo dois grupos. De um lado os jogadores que estavam no Campeonato Alagoano do outro os atletas que Lira trouxe do futebol cearense.

"Não quero mais nenhum contato, ele é mentiroso, mentiu quando falou para o Márcio Lessa que eu tinha ido procurá-lo. Não convidaria nunca para visitar minha casa, no momento que eu estava no clube procurei respeitar, mais se ele quer ser a estrela problema dele eu nunca quis ser a estrela do time, quem tá no meio do futebol sabe a pessoa que ele é", disparou.

Sobre o futuro o jogador declarou que o Confiança-SE, foi a única equipe que mostrou interesse em seu futebol.

O atacante disse que poderá jogar em qualquer equipe do país, exceto o CSA, o único time que ele nunca defenderá.

"Estou livre agora posso ir para qualquer clube. Houve alguns boatos que o Confiança estaria interessado no meu futebol mas até agora nada concreto. Eu só não vou para o CSA, isso você pode ter certeza, respeito os torcedores mas em determinados momentos alguns deles jogaram sujo comigo, me ameaçando e dizendo muita coisa, então, pode ter certeza que eu jamais irei para o CSA, por dinheiro nenhum", disse.

Calmon ainda disse que o jogador Thiago Emilio, que defendeu o CSA no campeonato estadual, tinha confirmado que os jogadores azulinos queriam agredí-lo após o clássico onde o atacante marcou dois gols e comemorou fazendo o gesto do spray em referência ao primeiro jogo realizado no estadual.

"O Thiago ligou para o Milton Tanque e falou que os jogadores queriam me pegar de todo jeito. A torcida do CSA sabia onde eu morava. Depois me ameaçaram com ligações não identificadas colocando minha família em risco", finalizou.