Encerramos nossas atividades na 1ª. Divisão do Campeonato Alagoano, Edição de 2009, com o sentimento de missão cumprida, apesar dos percalços enfrentados e de todas as barreiras impostas pelos órgãos de administração do futebol local, que neste ano já iniciou nos premiando com uma polêmica nunca vista, expondo seus dirigentes à opinião pública da forma mais agressiva possível, onde pretenderam invadir nosso patrimônio sem o menor respeito, e com o respaldo do então Presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de Alagoas, o Sr. Fernando Maciel.

Diante de imposições de multas (R$. 200.000,00), interdição de nossa praça (90 dias) e até mesmo o absurdo de impedir a transferência de nossos atletas, foi necessário travar uma verdadeira batalha jurídica, através de nosso corpo jurídico, em Maceió e no Rio de Janeiro, com resultados positivos, suspendendo todas estas arbitrariedades, cujo qualificativo foi ditado pelo Vice-Presidente do STJD, Dr. Virgilio Elísio da Costa Val, que suspendeu as imposições, sob o fundamento de que se tratava de atos excessivos (arbitrários), e posteriormente, o mesmo pensamento foi exteriorizado pelo ilustre Procurador do STJD, Dr. Dr. Luiz Felipe Carrapatoso Peralta da Silva que não poupou adjetivos contra os atos do então Presidente do STJD e do Presidente da FAF, concluindo que se tratava de “No caso concreto, verificamos um festival de ilegalidades e abusividade com ‘ameaças’ veladas por despachos meramente monocráticos, em desprestígio a decisões colegiadas, e o que é pior, flagrante inobservância dos princípios comezinhos que orientam o processo desportivo e a Justiça Desportiva.”, e justificando porque assim entendia.

Aguardamos ansiosos o desfecho do processo, que será julgado definitivamente pelo STJD, para que a sociedade desportiva receba a prestação de contas, e possa fazer seu juízo de avaliação final sobre o caso.

Além de ser um campeonato marcado por polêmicas, sua marca registrada também foi à desorganização no seu calendário, como nunca vista em tempos anteriores, o que já nos deixa com saudades, em sucessão de atos com mudanças de horários e dias dos jogos, impossibilitando as comissões técnicas dos respectivos clubes afetados nas suas organizações.

Demos um passo muito importante no início dos preparativos do campeonato, com a realização de um arbitral inovador, prevendo a hipótese de obrigatoriedade de composição do plantel com jovens jogadores, em número até mesmo tímido (04 dentre os 18 relacionados), conforme dispunha o art. 26, §8º do Regulamento, com a finalidade de driblar a falta de incentivo econômico dos órgãos públicos, da ausência de patrocinadores, e precipuamente o despertar para a formação da categoria de base.

Para nossa infeliz surpresa, a FAF, que verbaliza aos quatro cantos o princípio da legalidade de forma incondicional, patrocina uma reunião para mudar as regras do jogo no meio do caminho, ferindo de morte o que estabelece o art. 38, §8º do Estatuto da Casa, que exige a unanimidade de deliberação por todos os clubes, e através do Conselho Arbitral, e nunca uma Assembléia Geral, com clubes que sequer estavam participando do campeonato em questão.

Outra derrota de princípios foi à segunda mudança orquestrada pela FAF, que alterou na indigitada Assembléia Geral o que dispunha o art. 54, §1º do Regulamento, destruindo o campeonato sub-20, aonde nós teríamos neste segundo semestre em Alagoas em torno de no mínimo 200 atletas com idade inferior a 20 anos, e se bem explorado comercialmente esse campeonato, estimularia a vinda de empresários (agentes CBF e FIFA) do Brasil, promovendo negócios e reproduzindo recursos aos clubes, além de prepará-los para o campeonato profissional da edição seguinte.

Este ano fomos vitimados por um fato lamentável, de termos nosso Presidente do Conselho Deliberativo perseguido dentro do nosso próprio estádio, restringindo sua locomoção, o que não acontece nas demais praças, até porque, no mesmo jogo em que foi tolhido o livre trânsito do nosso dirigente, foi permitido o acesso do Presidente do ASA dentro do campo(Constando na sumula do jogo), irregularidade essa registrada na FAF, mas nenhuma providência foi tomada contra o árbitro, quer pela FAF ou pela comissão de arbitragem,o que deveria ser suspenso de forma preventiva por 30 dias de acordo com o artigo 51 do Regulamento de 2009. Mais a melhor decisão da FAF e Comissão, foi fechar os olhos, esquecer o regulamento e fazer de conta que nada aconteceu.

Lamenta-se que nossa federação não represente de forma impessoal todos seus associados, sendo fato conhecido que determinado funcionário dedica cuidados especiais a certa agremiação, ao cume de até assessorar na formação do seu plantel, o que é inoportuno e até mesmo indevido, sem qualquer providência da sua diretoria, mesmo que ciente inequivocamente.

Nosso clube enfrenta as dificuldades impostas a todos indistintamente, mas principalmente aquelas que só a ele são dirigidas, e diferentemente daquilo que foi dito pelo Ilustre Presidente da FAF, em programa televisivo, não precisamos e nem solicitamos favores e nem dispensamos qualquer privilégio, senão, rogamos pelo cumprimento incondicional das normas estatutárias e regulamentares, ficando feliz de ser um clube que nada deve a sua associação de classe.

Como se viu nossa trilha foi marcada por caminhos tortuosos, mas unidos; comissão técnica, jogadores, dirigentes e todos os funcionários em geral, alcançamos parte de nossos objetivos, apesar de nos fugir o desiderato maior, que era a conquista do campeonato alagoano, contudo, jovens talentos foram revelados, como Paulão, Ewerton, Marco Antônio, Cauê, Afonso, Lucas, que serão certamente os frutos de uma colheita próxima, suficientes para resgatar os prejuízos financeiros do campeonato que nada nos favoreceu em benefícios,incentivos ou motivação e desta maneira,a nossa estrutura irá nutrir os investimentos para o ano seguinte, considerando que nenhuma outra atividade será desenvolvida.

Destacamos por terem sido fundamentais, o trabalho de marketing e assessoria de imprensa, com o desenvolvimento e divulgação dos nossos atletas dentro e fora do estado de Alagoas.

Parabenizamos em público a agremiação do ASA pela integridade e respeito do campeonato, observando em seus quadros jovens da categoria de base, respeitando o regulamento e a colocação dos 04 atletas sub-23, mantendo seu técnico desde o início, o que por si só, já se qualifica em ser o campeão Alagoano 2009.

Como bons brasileiros acreditamos sempre nas mudanças, na melhoria e nas pessoas, e ficamos mais uma vez na expectativa de como se comportará o futebol alagoano nas versões dos campeonatos sub-15 e sub-18 (Gramados decentes,presença constante de árbitros e policiamento nos jogos , campos com seguranças e higiene e que as equipes participantes preencham estes requisitos e não,ficar dependendo de estádios das equipes que já preenchem os requisitos de qualidade e segurança), e mais, se acontecerá o campeonato sub-20 no segundo semestre, já que foi desnudado de qualquer motivação, sendo uma interrogação o nível de organização.

Apesar de tantos dissabores, não abandonaremos nossos projetos, pois direta e indiretamente ajudamos jovens e famílias que vem no futebol uma alternativa de sucesso na vida, de trabalho honesto e de esperança.

Aguardamos o nosso campeonato profissional de 2010 com um melhor planejamento e divulgação, bem como, a permanecia das 08 equipes da primeira divisão que garantiram vagas no campeonato e as outras 02 equipes do acesso campeonato da segunda de 2009 e que nenhum outro fato novo possa acontecer durante o restante deste exercício 2009 e o principio de 2010.

Ficamos gratos por todos aqueles que confiaram no nosso trabalho, seriedade e dedicação, e são a eles, indistintamente, a quem estamos prestando contas.