Obama faz piadas em jantar com correspondentes

10/05/2009 08:23 - Brasil/Mundo
Por carlinhos

O presidente dos EUA, Barack Obama, fez piadas com seu próprio governo e divertidas provocações aos seus críticos e aos republicanos num jantar de gala a que compareceram políticos, celebridades e jornalistas.

 O Partido Republicano foi o alvo favorito de Obama no jantar anual da Associação de Correspondentes da Casa Branca na noite deste sábado. O ex-vice-presidente Dick Cheney não pode comparecer ao evento, disse Obama, porque estaria escrevendo seu livro de memórias "Como atirar nos amigos e interrogar pessoas". Foi uma referência ao apoio de Cheney aos duros e polêmicos métodos de interrogatório de presos e ao tiro acidental com que ele atingiu um companheiro de caçadas.

Obama se dirigiu diretamente ao presidente do Comitê Nacional Republicano, Michael Steele, que estava na plateia. "Michael, pela ultima vez: o Partido Republicano não se credencia para um pacote de socorro. Rush Limbaugh não conta como ativo problemático, desculpe-me", disse Obama, referindo-se às recentes medidas econômicas da Casa Branca e a um comentarista de rádio conservador.

Mas Obama também mirou em seus próprios erros. "Nenhum presidente na História nomeou três secretários de Comércio com esta rapidez", afirmou. Ele debochou de seu uso frequente do teleprompter e do hábito do vice-presidente Joe Biden de falar de improviso. E sobre o Partido Democrata, o presidente disse que seu governo ajudou o partido a trazer "caras novas, rostos jovens - como Arlen Specter." O senador da Pennsylvania, de 79 anos, ex-republicano, trocou de partido no mês passado.

Obama lembrou que ele e a secretária de Estado, Hillary Clinton, haviam sido adversários políticos, mas garantiu que nunca estiveram "tão próximos". "De fato, na segunda vez em que voltou do México, ela deu-me um abraço", declarou, brincando com a disseminação do vírus da gripe suína, que se espalhou a partir do México.

 O presidente também falou sério e elogiou a imprensa por manter o governo sob vigilância. "Um governo sem jornais, sem uma mídia dura e vibrante, de todos os tipos, não é uma opção para os Estados Unidos", afirmou.

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