Minc participa de marcha pela legalização da maconha no Rio

09/05/2009 18:05 - Brasil/Mundo
Por antoniomelo

Dessa vez não houve liminar que impedisse que a Marcha da Maconha fosse realizada no Rio de Janeiro: milhares de pessoas caminharam pela Avenida Vieira Souto, em Ipanema, na Zona Sul, na tarde deste sábado (9), para pedir a legalização da droga. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou do movimento.

 

“Hoje a guerra das drogas mata mais do que a overdose. Só a hipocrisia não vê isso”, gritou o ministro, sendo aplaudido e ovacionado por todos.

 

Segundo os organizadores, o protesto foi realizado em mais de 250 cidades do mundo, incluindo Berlim, Madri e França. Outras regiões do Brasil também participaram do evento. No Rio, os organizadores esperavam reunir, pelo menos, duas mil pessoas.

 

“Não é porque eu sou ministro que ia deixar de fazer o que eu acredito. Grande parte da violência que nós sofremos é por causa do tráfico. Usuário não pode ser tratado como criminoso”, completou Minc.

 

Os manifestantes distribuíram cerca de 500 guias informativos sobre os princípios do movimento. A Polícia Militar montou um esquema especial para o evento. Pelo menos 70 policiais reforçaram a segurança e auxiliaram os moradores.

 

Só quem não ficou muito satisfeito foram os motoristas. Com duas das três pistas fechadas, o engarrafamento se prolongou pela orla de Ipanema e do Leblon.

 

Em 2008, o Tribunal de Justiça do Rio proibiu a realização da marcha da Maconha atendendo a um pedido do Ministério Público Estadual, que entrou com uma medida cautelar para impedir o evento.

 

Para garantir a realização da marcha deste ano, os organizadores conseguiram, em abril, um hábeas corpus preventivo. Segundo os manifestantes, o objetivo do ato é, ainda, chamar a atenção para a discussão de políticas de leis sobre drogas no país e estimular o diálogo em relação ao uso da planta, inclusive com fins lucrativos.

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..