1,85 milhão de pessoas pedem seguro-desemprego no primeiro trimestre

10/04/2009 03:31 - Brasil/Mundo
Por redação

O Ministério do Trabalho informou ontem (9) que 1,85 milhão de pessoas pediram seguro-desemprego no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 135 mil pessoas, ou 7,8%, sobre o volume registrado em igual período de 2008, quando 1,71 milhão de trabalhadores requisitaram o benefício.

O governo não soube informar se o número de pessoas que pediram seguro-desemprego nos três primeiros meses deste ano é o maior da história. O crescimento no volume de pagamentos do seguro-desemprego coincide com o período no qual o Brasil sente os efeitos da crise financeira internacional, que tem diminuído o nível de atividade da economia e aumentado o desemprego.

Segundo o Ministério do Trabalho, foram pagos R$ 4,3 bilhões em seguro-desemprego nos três primeiros meses de 2009, o que representa um crescimento de 34,3% sobre igual período de 2008 (R$ 3,2 bilhões - sem levar em conta o aumento do salário mínimo).

Mais de 80% do volume de solicitações, ainda segundo dados do Ministério do Trabalho, estão concentradas em 11 estados, os mesmos dos dois últimos anos, com pequenas variações percentuais. São eles: SP, MG, PR, RJ, RS, BA, SC, GO, PE, CE, ES. São Paulo lidera o ranking de pedidos, com 29,3% das requisições, seguido por Minas Gerais (13,3%), Paraná (7,3%) e Rio de Janeiro (6,3%).

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, identificou, porém, uma "tendência de queda" no número de seguros-desempregos requeridos. Em janeiro deste ano, o número de pedidos somou 705,7 mil, recuando para 579,8 mil em fevereiro e 566,1 mil em março. No mês passado, o saldo já ficou abaixo do registrado em igual período de 2008 (582,4 mil).

"Estes dados comprovam que o Brasil começou a inversão do processo negativo da empregabilidade. O Caged ficou ligeiramente positivo em fevereiro e vai ficar mais positivo em março. Todos os dados começam a confirmar as afirmações já feitas por mim desde o início do ano", disse Lupi.

O seguro-desemprego pode ser requerido por todo trabalhador dispensado sem justa causa, por aqueles cujo contrato de trabalho foi suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação oferecido pelo empregador; por pescadores profissionais durante o período em que a pesca é proibida devido à procriação das espécies e por trabalhadores resgatados da condição análoga à de escravidão.

O valor mínimo do seguro-desemprego é, atualmente, de R$ 465 (salário mínimo) e o máximo é de R$ 870. O valor médio de pagamentos é de R$ 595. O valor do seguro-desemprego é calculado com base nos três últimos salários de cada trabalhador.

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