Após suicídio de sobrinha, deputado alerta sobre perigos do “Baleia Azul”

25/04/2017 16:45 - Política
Por Vanessa Alencar
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O deputado Pastor João Luiz (PSC) usou a tribuna da Assembleia Legislativa (ALE) nesta terça-feira, 25, para relatar o suicídio da sobrinha, de 19 anos, em Santa Catarina. A polícia descobriu, por meio do aparelho celular da jovem, que a morte foi incentivada pelo jogo eletrônico Baleia Azul.

“Era uma menina estudiosa, cursava jornalismo. No sábado de madrugada foi à praia, mergulhou, voltou para casa e se matou usando a coleira do cachorro... Caroline foi mais uma vítima do famigerado Baleia Azul”, desabafou o parlamentar.

Segundo ele, durante um encontro com o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, o gestor lhe informou que, no mesmo sábado, sete adolescentes tentaram suicídio na cidade e todos participavam do jogo.

“Fiz uma pequena pesquisa e descobri que, em Recife, já tem sete casos de suicídios relacionados ao Baleia Azul investigados. Em Alagoas, não há nada comprovado, mas a polícia investiga uma tentativa de suicídio em Teotônio Vilela”, relatou.

O deputado solicitou que a Comissão de Direitos Humanos da ALE abraçasse o caso e chamou a atenção de pais e responsáveis para o perigo representado pelo jogo, que fragiliza ainda mais pessoas que já estão vulneráveis. “Se o cidadão não tem capacidade de entender que o jovem tem depressão e pode ser induzido a tirar a própria vida, não tem capacidade para nada, nem pra ser um cidadão”.

João Luiz cobrou também uma ação mais efetiva por parte das polícias em todo o País para desbaratar a quadrilha que está utilizando a internet, especialmente o Facebook, para matar adolescentes. “Quanto vaza na internet uma foto nua de uma atriz da Globo, a polícia logo encontra quem vazou e prende. Como ninguém acha uma equipe inteira que está por trás desse ‘clube’?”, questionou.

Ao final do pronunciamento, o deputado fez referência à série do Netflix, 13 Reasons Why, cuja temática é o suicídio de uma adolescente. “Seu filho pode estar correndo risco de vida”, alertou.

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