“Espero que minha dor seja aliviada hoje”, diz mãe de universitário morto há 10 anos

19/04/2017 08:19 - Maceió
Por redação
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Os primos Clebson Luciano Mota da Silva e José Carlos Oliveira Rocha Júnior estão soltos há nove anos mesmo acusados pelo assassinato brutal do universitário Douglas de Oliveira Vasconcelos, em 2007, que desapareceu após sair de sua casa para ir a um show, em Maceió.

Para a família da vítima, o julgamento dos primos nesta quarta-feira (19), quase 10 anos após a morte de Douglas, é um “encerramento de um círculo doloroso”, do qual esperam a condenação. “Foram 10 anos intensos na vida de todos nós e hoje esperamos encerrar um círculo, mas que seja de uma forma favorável”, relatou a irmã de Douglas ao CadaMinuto.

Durante esse tempo em que os acusados ficaram em liberdade, a mãe de Douglas afirma que a família chegou acreditar na impunidade do crime, mas que nunca desistiu em buscar uma sentença justa aos acusados.

“Estou muito nervosa com esse julgamento hoje. Mas espero que a Justiça seja feita. Ficamos revoltados pelo fato dos dois terem ficado soltos durante todo esse tempo e chegamos até acreditar em impunidade”, afirmou Gracieleide Vasconcelos.

Conforme a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual, a motivação do crime foram as pressões que a vítima fazia para tornar público o relacionamento amoroso dos dois e, por isso, estava dificultando os benefícios que dava ao réu, José Carlos Júnior.

“É muito difícil ficar esses 10 anos sem meu filho e a única coisa que espero hoje é que parte da minha dor seja aliviada”, emendou a mãe da vítima. O júri popular ocorre na 9ª Vara Criminal da Capital, no Fórum do Barro Duro.

Motivação

As investigações mostraram ainda que o relacionamento entre o Júnior e Douglas não era calmo, pois já haviam acontecido diversas situações conflituosas, como agressões, ameaças, discussões em público por ciúmes e, até, tentativa de suicídio, pela vítima.

Douglas teria contraído empréstimos para pagar dívidas do acusado, esvaziado sua poupança, pagava todas as contas em bares e restaurantes quando saiam, pagou despesas com conserto do veículo que o réu usava, além de tê-lo como dependente no cartão de crédito.

O crime teria sido motivado devido as pressões que a vítima fazia para tornar público o relacionamento amoroso dos dois e, por isso, estava dificultando os benefícios que dava ao réu. José Carlos Júnior ainda estaria com ciúmes da vítima já que ela teria passado alguns dias com amigos em uma fazenda no interior do Estado. 

O corpo de Douglas de Oliveira foi encontrado já em estado de decomposição quase um mês após o crime, no dia 5 de outubro, próxima à Usina Roçadinho, na cidade de Roteiro.

 

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